FALANDO SÉRIO, CONTEÚDO É O QUE IMPORTA!

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Todos os dias, quando chego no escritório e folheio os jornais tradicionais (no escritório por algum motivo ainda recebemos os jornais impressos, mesmo tendo acesso irrestrito às versões digitais) noto que temos figurinhas carimbadas, profissionais de diversas áreas que, por algum motivo, sempre estão sendo consultados e dão suas opiniões nas mais diversas matérias (os mesmos profissionais se repetem constantemente nos veículos, de forma ritmada). E não é diferente quando o assunto é jurídico: advogados das maiores bancas se revezam nas páginas, dando suas opiniões, descarregando todo o seu repertório de juridiquês e não deixando espaço para a nova geração opinar e expor seu ponto de vista.

Confesso que o meu sentimento atual é de alegria, fruto da certeza de que vivemos os últimos momentos dos detentores do monopólio da imagem, imposto por assessorias de imprensa tradicionais e jornalistas da velha guarda, e ceticismo, fruto de uma dúvida sobre o futuro da produção de conteúdos atrativos, em uma época em que textos e artigos precisam ser cada vez menores, com menos empáfia e ao mesmo tempo com conteúdo que gere engajamento e desperte interesse.

O grande fato que vivemos na comunicação é o que todo mundo já sabe: após a internet tudo mudou. Blogs permitem que artigos e opiniões sejam criados e publicados, com seu espaço na WEB e atingindo públicos antes inacessíveis. As redes sociais permitem uma interação nunca antes imaginada com um público cada vez mais conectado. E as ferramentas de busca – ok, vamos admitir, o Google – permite que negócios pequenos estejam presentes lado a lado com negócios grandes, disponíveis e expostos de forma democrática.

Entramos numa nova era: a era onde o conteúdo, o discurso adotado e a narrativa passam a ter muito mais importância do que o investimento que se faz na busca por relevância na rede. Essa mudança afeta diretamente advogados e escritórios de advocacia. Atualmente, todos podem produzir conteúdos acessíveis e de atração: advogados de pequenos escritórios ou membros de grandes bancas de advocacia podem estar no mesmo nível, pois o conhecimento que o narrador possui a respeito do assunto e a forma como ele entrega essa informação, coloca grandes e pequenos no mesmo patamar. É uma era democrática como nunca antes vista.

Entender o público que consome esse conteúdo e as ferramentas que devem ser utilizadas hoje é fundamental, e nessa fase os advogados da nova geração levam vantagem, pois nasceram conectados e com amplo acesso à tecnologia. Já a experiência dos advogados tradicionalistas permite análises únicas e opiniões seguras sobre temas abordados, mesmo que numa narrativa mais sisuda. E nesse ponto, experiência faz a diferença.

De qualquer forma, ninguém irá escapar: o advogado conectado terá que continuar se especializando em sua área de atuação (somente discursos e narrativas empolgantes sem conteúdo não irão impactar) e os grandes experts em assuntos jurídicos precisam aprender a dissertar para um público sedento por informação curta, relevante e de fácil entendimento.

É uma época empolgante, que vai transformar a vida de muitos profissionais. Quem viver, verá!


Carlos Gomes
Estratégias – Legal Leads

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